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Blog do Cavuto: A capacidade de ser vários enquanto se é um.

sábado, 11 de setembro de 2010

A capacidade de ser vários enquanto se é um.

É muito comum ouvir profissionais dizendo “eu resolveria tudo, se fosse dois” ou ainda, quanto perguntado, “você precisa de algo?” O profissional responde “Sim, preciso de pelo menos mais 3 ou 4 de mim para conseguir cumprir todas as tarefas que tenho pendente”.
Acho este tipo de posicionamento muito engraçado e um tanto dramático, tipo, novela mexicana, sabe? O mesmo profissional que dá estas respostas é aquele que lê seus emails, tem 2 ou 3 celulares, tecla no MSN, Twiter, Blog tudo ao mesmo tempo, mas na hora de se organizar nas atividades diárias de seu trabalho, não consegue ter a mesma efetividade que possui em suas atividades pessoais. Agora me pergunto, por quê?
Estes jovens profissionais têm muita ânsia de crescimento, e geralmente são arrogantes e prepotentes, alicerçados em suas boas faculdades, em suas famílias de posse, e ás vezes em elogios e reconhecimentos de antigos líderes pouco qualificados, que lhes reconheceram por estarem no mesmo nível, demonstrando a fragilidade na formação de novos líderes quando os atuais não estão devidamente qualificados.
No mundo moderno, a tecnologia vem de encontro ao multi função, ou multifuncional. O celular já é um grande exemplo, hoje smartphones são vendidos a preços populares e já integram comunicação de voz, escrita e alguns vídeo comunicação. Este processo vem gerando nos profissionais uma maior dedicação às organizações, já que são localizados a qualquer lugar e a qualquer hora, e também podem resolver problemas on line, com simples toque no aparelho portátil.
Mas nem isso desperta a atenção dos jovens entrantes no mercado de trabalho e em alguns velhos figurantes dele, e digo figurantes, pois quem não perceber a necessidade de multifunção, de ser um profissional multitarefa, nunca chegará a ser protagonista, infelizmente.
A maior fragilidade está no pensamento de que, “eu tenho muito trabalho, não vou dar conta” ou “meu chefe me explora, porque ele não faz isso já que acha que é fácil”. Acredito que muitos de vocês já disseram ou ouviram alguém dizer uma dessas frases. Eu posso dizer de carteirinha, eu nunca disse, mas já ouvi vários e vários se lamentando a este respeito. E sabe o que eles conseguiram? Amigos, lamento atrai lamento, é sempre assim.
As organizações vêm se reestruturando, e com a adoção de novas tecnologias, o número de líderes vem sendo reduzido e este restante vem assumindo mais funções e novas atividades que demandam tempo, presença e experiência. Então, como conseguir ser um profissional multifunção? Fácil. A palavra é organização com foco no objetivo final. Parece difícil? Mas não é. Você é apenas um, mas sempre existem pessoas ligadas diretas ou indiretamente a você que podem contribuir ou são peças fundamentais para a execução de determinada atividade, por isso, saber aonde chegar é tão fundamental para a definição de seu planejamento multifuncional.

Primeira dica: entenda a tarefa. Saiba exatamente o que tem de ser feito, quais etapas tem de ser superadas e qual o prazo final estimado. Sem buscar conhecer o que se vai fazer, e alguns chamam isto de PLANEJAMENTO, sempre se gasta mais tempo do que o necessário. O grande problema é que, as universidades nos ensinam a realizar planejamentos gigantescos, mas não nos ensinam a planejar as compras do supermercado para o café da manhã diário.

Segunda dica: coloque tudo no papel, mantenha um caderno com você e o use, você vai ver que genialidade tem muito mais haver com empenho, comprometimento, curiosidade e organização do que com inspiração.

Terceira dica: nunca deixe para amanhã o que pode ser delegado hoje. Lembrem-se, algumas tarefas podem não depender de você, neste caso, não segure a informação com você, quanto antes à outra pessoa for acionada, antes ela lhe dará um retorno.

Quarta dica: Utilize o conceito do menor esforço. Deslocamentos físicos devem ser utilizados depois que os contatos por email e telefônicos já foram realizados, e aí uma “sub-dica” se é importante, o email sempre deve ser seguido de uma ligação para pessoa a qual ele se destina. Já vi muito profissional sair correndo para resolver um assunto, passar o dia fora, e não acionar ninguém que faria parte do processo, e no dia seguinte ficar parado aguardando a resposta da pessoa que foi acionada com um dia de atraso. Como as regras de trânsito não permitem ligações do carro, então as faça todas no escritório, embora eu já tenha visto uma ou duas pessoas dispararem todos os emails necessários e as ligações indo sendo executadas no trajeto, mas esta é outra história.

Quinta dica: fique atento a mudanças no ambiente e a reformulação de seu planejamento e do trabalho dos apoios. Se algo mudou no meio do caminho, reveja se o caminho que você seguindo ainda é o melhor e o mais importante, não deixe aquele seu parceiro que está fazendo algo que você solicitou para esta função terminar algo que não será mais necessário, mudou a necessidade, ligue imediatamente para a pessoa, e pare ou altere o trabalho conforme a necessidade.

Sexta dica: deixe a preguiça e o medo de lado. Quem quer chegar até o final de uma atividade, não se deixa abater com pensamentos “como vou dizer para meu colega que o que eu acabei de pedir não era necessário?” “ahh, as coisas mudaram, mas vou seguir neste primeiro caminho, pois quem sabe dá certo”. Quem quer ser grande não conta pequenas mentiras nem deixa de lado pequenos detalhes, pense nisso.

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